segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Era um dia comum, quando vejo a janela do bate papo do Facebook piscando com seguinte mensagem: "Olá, tudo bem?". Neste exato momento, a duvida veio e pousou sobre minha mente. Mas não era dúvida se eu estava bem ou não, acontece que essa pergunta se tornou tão sem significado que a fazemos simplesmente por educação, assim como respondemos: "Sim, e você?" . Não é mais questão de preocupação, mas é apenas um modo de começar um diálogo.


Não estou bem, vem acontecendo umas coisas complicadas. Eu iria escrever o que estava acontecendo, mas não sabia qual a intenção da pergunta. Quem se importa com todos hoje em dia? Bom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem... Nenhuma dessas palavras tem mais portância, somente servem para iniciar uma conversa. Claro, alguns ainda se importam e as usam com o devido valor, mas são raros. Sempre foi assim? Não sei, mas independente de qual for a resposta, ainda há tempo de mudança.

"Está tudo bem?"


Era um dia comum, quando vejo a janela do bate papo do Facebook piscando com seguinte mensagem: "Olá, tudo bem?". Neste exato momento, a duvida veio e pousou sobre minha mente. Mas não era dúvida se eu estava bem ou não, acontece que essa pergunta se tornou tão sem significado que a fazemos simplesmente por educação, assim como respondemos: "Sim, e você?" . Não é mais questão de preocupação, mas é apenas um modo de começar um diálogo.


Não estou bem, vem acontecendo umas coisas complicadas. Eu iria escrever o que estava acontecendo, mas não sabia qual a intenção da pergunta. Quem se importa com todos hoje em dia? Bom dia, boa tarde, boa noite, tudo bem... Nenhuma dessas palavras tem mais portância, somente servem para iniciar uma conversa. Claro, alguns ainda se importam e as usam com o devido valor, mas são raros. Sempre foi assim? Não sei, mas independente de qual for a resposta, ainda há tempo de mudança.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

"Segredos de uma Casa"

Era uma tarde de sol, e uma segunda feira como muitas outras que já tinham se passado. Ao menos era o que eu pensava, pois, foi nessa que comecei a ver um mundo diferente,.ou apenas um sentimento diferente. Não sabia se era bom ou ruim, pois, eu tinha apenas nove anos de idade.

Quero lhe falar um pouco dela, e já vou avisando que ela não estudava, apesar de sempre estar na escola, perto de todos... Não sei ao certo qual era o objetivo dela, mas pude notar que sempre seduzia os garotos mais velhos, fazendo com que sempre se relacionassem com ela. Apesar de tudo ocorrer dentro do colégio, nem as professoras e nem os pais ficavam sabendo, pois, era nosso segredo. Meus amigos sempre me contavam como ela era e como eles se sentiam quando a possuía, mas nada mudava o meu jeito de vê-la, ela me causava nojo. A realidade é que nem seu cheiro eu não conseguia suportar,nem mesmo a sua presença, por isso sempre a evitava. Por ser assim, sempre era descriminado pelos meus colegas, sempre me chamavam de bichinha ou algo assim. Mas eu sabia quem eu era, além de não ser obrigado a aceitar todos os rótulos que eles criavam. Tempo depois comecei a se sentir perseguido por ela, pois, em qualquer lugar eu a encontrava, fosse dentro da sala ou na hora da entrada e saída do colégio.

Eu também nunca disse nada aos meus pais, pois, tinha medo da reação que eles teriam. Mas isso não me impediu de contar ao meu irmão mais novo, o que não me ajudou muito. Na verdade eu tinha medo dela, pois, todos que relacionavam-se com ela, ficavam diferentes. Não sei como te explicar. É como se eles ficassem descontrolados, agitados ou algo assim. Este também é um dos motivos que me faziam sair de perto deles.Sempre eu perguntava para eles o que estava acontecendo, se estavam bem, mas nunca me deixavam ver o que estavam fazendo. Alguns ainda tentavam me manter intertido enquanto outros outros estavam se divertindo com ela. Podia até ouvir o sussurro deles, pois, estavam bem perto de mim, mas não podia vê-los, havia sempre algo que os escondiam, impedindo assim que eu os enxergasse. As ameaças eram constantes: "- Se contar para alguém vamos te matar". Sempre tive medo da morte, por isto guardava os segredos deles. Eles também diziam que eu não podia ver o que faziam, apenas ficar por perto, pois, eu era muito pequeno.

Certo dia minha mãe me levou de carro para a escola, estava chovendo. Já era intervalo e a chuva não havia passado. O bom é que não estava mais a chuva forte de quando cheguei, mas apenas aquela garoa de quando a chuva já esta indo embora. Por causa da garoa não teve o jogo de futebol como em todos os recreios

- Não vou ficar aqui sem fazer nada, vocês vem ou não? Disse Fred já levantando da mesa.

- Para onde vocês vão? Eu perguntei

- Para o esconderijo, vem logo ou está com medo?Perguntou Max, o que foi motivo para todos na mesa começarem a rir de mim.

Pulamos o muro de trás da escola, e quando cheguei do outro lado, pude ver Max procurando o lugar que eles chamavam de entrada. Alguns minutos depois ele gritou: - É por aqui, e quem vim por último vai fechando o mato para esconder o caminho!" Era tão apertado que só dava para ir um atrás do outro. Se não me engano estávamos em umas quatro pessoas, Max estava na frente, depois Fred, eu e e atrás de mim estava o Ed. Enfim chegamos à uma casa velha que aparentava estar abandonada ou há muito que ninguém entrava ali, pois, só de chegar no portão quebrado e semi aberto dava para sentir o cheiro ruim que vinha de dentro. Minha mãe sempre fala que meu quarto está um lixo, imagina se ela visse aquele quintal. Tinha quase certeza que há anos ninguém morava mais ali.

- Mas afinal, o que estamos fazendo aqui? Perguntei enquanto ficava olhando toda aquela sujeira do lugar.

- Calma Juca, vamos entrar!

Meu nome mesmo é Jõao Carlos, mas o Max é cheio de por apelidos em todo mundo, e desde o primeiro dia ele não parou de me chamar de Juca, o que pegou e todos agora me chamam assim.

Rodeamos A casa, tentando se desviar de todo aquele lixo no chão e caminhamos até chegar na porta da cozinha! A porta era feita de uma madeira que já estava podre e a fechadura estava estourada.

- Céus, que lixo de lugar!

- Achou que ia ser a casa da mamãe Juca? Disse Fred bagunçando meu cabelo enquanto todos riam da piada sem graça.

O chão da cozinha estava repleto de latas de serveja, amaçadas, vazias e algumas com um furo no meio. No canto da cozinha havia um fogão de barro no chão, com umas panelas velhas, queimadas e sujas ao redor. No centro da cozinha, havia uma mesa, não muito grande acompanhada com duas cadeiras que era possível sentar, já que as outras estavam todas quebradas, algumas sem pés e outras sem acentos.
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